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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A figura do torcedor na “empresa” - Luxa pede, torcida acata!!


Sempre é bom comparar fatos do cotidiano de um time com uma empresa. Comparações nos auxiliam a entender determinados problemas. Comparar não ofende. Por meio de metáforas eu continuo espremendo a mesma tecla de que devemos profissionalizar o futebol.
Numa empresa você possui acionistas, investidores, diretores e presidente. Cada um exercendo suas funções, sofrendo pressões e desta mesma maneira ocorre em um clube de futebol. Uma empresa vive de resultados, lucros. E um clube também.
Entretanto uma empresa não necessita de títulos e nem de torcedores. O torcedor é o ponto crítico desta comparação. Torcedor age com emoção, raciocina com o coração. O fanatismo estala na mente deste personagem.
Considero benéfico quando o torcedor se manifesta com cobranças. Essa atitude demonstra o papel do torcedor dentro do clube como uma empresa.
Torcida deve apoiar, torcer e vibrar. Mas também deve cobrar. Essa semana o técnico do Atlético Mineiro, Vanderlei Luxemburgo, cutucou mais uma vez o rival ao enaltecer sua torcida.
Clubes com torcida com fama de ir aos estádios somente quando o desempenho está bom têm demonstrado bons desempenhos ao longo dos anos. Cruzeiro, São Paulo e Internacional são estes bons exemplos. O São Paulo na área intermediária da classificação sofreu com cobranças de torcedores no centro de treinamento. O Cruzeiro chegou a receber vaias no campeonato estadual mesmo com um bom desempenho na Taça Libertadores, assim como o Internacional.
A beleza na emoção das torcidas, no balanço das bandeiras e nos gritos de paixão é indescritível. Torcer é muito bom. Nunca vi uma torcida tão apaixonada como a do Atlético Mineiro [claro que há outras, mas digo, pois é uma que me destacou de todas que eu vi...]. Torcida Atleticana é o puro sinônimo de apoio. Belíssima demonstração de amor ao time ter o estádio apoiando sempre sua equipe. Mas até que ponto isto é positivo? Questiono-me se isso não é uma das causas do insucesso atleticano nos últimos anos. É muito cômodo para um técnico ter uma situação como essa. Falta um pouco de pressão.
Não adianta os acionistas e investidores apoiarem uma empresa que não enxerga lucros se os funcionários não trabalharem, dedicarem. Estes personagens querem resultados. A cobrança é natural e deve ser efetuada. Resultado é fruto de trabalho.
Tudo tem seu tempo. O torcedor tem que apoiar nas horas certas, torcer nas horas certas e cobrar nas horas certas. O fanatismo é uma espécie de doença que anula o racionalismo e o bom senso.
O futebol não é uma questão de vida ou de morte. É muito mais importante que isso...”

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