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sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Política do "Fielzão"

Meses atrás, o prazo para o início das obras para a Copa do Mundo de 2014 havia se encerrado e o projeto do Morumbi estava vetado pela FIFA. Como bom mineiro que sou, confesso que fiquei satisfeito. As chances para abertura da Copa em outra capital fora do eixo Rio – São Paulo acabava de se multiplicar.
Essa semana uma dúvida perdurou na minha mente. No UOL a manchete era: “Novo estádio do Corinthians receberá a abertura da Copa do Mundo de 2014”. Assustado com a notícia fui constatar na Folha de São Paulo, e desta vez a capa dizia: “Abertura da Copa será no novo estádio do Corinthians, em Itaquera”. A verdade no Brasil se modifica de forma tenebrosa.

Com o veto ao Morumbi, o estádio do Timão tornou-se a única opção, para não dizer esperança, de São Paulo para a cidade ter participação no Mundial. A decisão aconteceu na última sexta-feira, após reunião entre o governador paulista, Alberto Goldman, o prefeito da cidade, Gilberto Kassab, e o presidente da CBF, Ricardo Teixeira.
O presidente do Corinthians, Andrés, diz: “O Corinthians não aceitaria dinheiro público, mas também não teremos dinheiro para pagar essa conta. Então, temos de sentar junto com as pessoas da CBF e da FIFA para discutir qual é a melhor maneira de fazer essa engenharia financeira”.
Tenho receio sobre este assunto, não me cheira bem. O estádio é para o Corinthians ou para a Copa? Engenharia financeira? Sem dinheiro público? O responsável pela Copa do Mundo é a Fifa. As decisões são tomadas por ela. Entretanto, até agora não consegui encontrar nenhum relato de algum membro da FIFA sobre este assunto.
Espero que entendam meu ponto de indagação. Se há críticos, também há defensores do projeto. O mérito dos torcedores do Timão para a conquista deste presente é indiscutível. O modo como estes assuntos é tratado pela política que me entristece.
De certeza eu tenho uma: Esse estádio ainda vai dá muita manchete!!!

Por Guilherme Menezes

Um comentário:

  1. Concordo. Como benefício a torcida, o sonhado estádio é indiscutível. As vias com que isso procede, são as que configuram aquele tipo de Brasil que temos asco.

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